Resumo executivo
Estas são as três principais tendências do primeiro semestre de 2024:
Dívida hipotecária
Estados Unidos: Em geral, a primeira dívida hipotecária continua a aumentar, em 2,5% ano a ano, mas a um ritmo mais lento, como resultado da elevação das taxas de juros nos EUA. As restrições da oferta também estão diminuindo, tanto para o estoque de imóveis novos quanto usados, fornecendo perspectivas para novos financiamentos se os juros começarem a cair
Canadá: Crescimento mais lento do que a média na dívida hipotecária. Apesar de menos vendas de imóveis no T2, o valor médio dos empréstimos hipotecários aumentou 6,1% ano a ano e 5,5% em relação ao trimestre anterior
Austrália: Os novos créditos hipotecários continuaram a desacelerar 2% abaixo do ano passado. O limite médio nacional por conta nova aumentou 10% ano a ano, mantendo o crescimento geral do portfólio em 4%
Índia: A dívida hipotecária aumentou 16% ano a ano. A dívida não hipotecária aumentou na faixa de 18 a 22% ano a ano, com empréstimos garantidos por ouro registrando o maior aumento
Dívida não hipotecária
Estados Unidos: A dívida não hipotecária aumentou ~4% ano a ano, impulsionada por aumentos na dívida de cartão de crédito (8%) e no financiamento de automóveis (1,9%). Os limites de emissão de cartões de crédito estão em alta, atualmente 8% acima do mesmo período do ano passado
Canadá: Os níveis de endividamento dos consumidores subiram para US$ 2,5 trilhões no T2 de 2024, indicando um aumento de 4,2% desde o T2 de 2023. Os cartões de crédito continuaram a ser o principal impulsionador do aumento da dívida, com saldos em aberto atingindo US$ 122 bilhões, um incremento de 13,7% em relação ao T2 de 2023
Reino Unido: Tendência gradual de aumento de longo prazo nos saldos de cartão de crédito, provavelmente impulsionado pelo aumento dos custos. Os saldos totais de cartão de crédito subiram até 7,7% ano a ano
Espanha: Ligeiro aumento no endividamento hipotecário, que vinha diminuindo ao longo do tempo, enquanto o endividamento não hipotecário parece estar estável, como já observado nos últimos 18 meses
Argentina: O endividamento não hipotecário permaneceu estável em comparação com o último trimestre
Equador: O crédito não hipotecário parece ter estagnado, devido à fraca demanda (taxa estimada anual de 0,6% em 2024) no setor de demanda privada e à falta de liquidez
Dívida: Dinheiro emprestado pelos consumidores em um determinado momento. Refere-se ao limite amortizado ou saldo devedor, dependendo dos dados coletados de cada região, exceto a Espanha, que relata apenas ativos inadimplentes porque o Spanish Bureau gerencia apenas dados negativos.
Não hipotecário: Inclui o Compre agora, pague depois; cartões de crédito; empréstimos parcelados; empréstimos pessoais e empréstimos automotivos. A disponibilidade e a cobertura variam de acordo com a região.
América do Norte
Canadá: O mercado hipotecário permaneceu pressionado devido às altas taxas de juros até o primeiro semestre de 2024. Embora os novos créditos hipotecários tenham aumentado 21,3% em relação às mínimas de 2023, ainda estão bem abaixo dos níveis normais para segundo trimestre
América do Sul
Argentina: A demanda está mostrando sinais de estabilização, aproveitando a trajetória positiva observada desde o início de 2024, embora com um ligeiro aumento
Equador: A demanda não hipotecária apresenta um ligeiro aumento em comparação com o T1, refletindo o primeiro trimestre sem quedas desde 2022
Europa
Espanha: A demanda de crédito na Espanha está estável em relação ao primeiro semestre de 2023
Oceania e Ásia
Austrália: A queda no crescimento do crédito com garantia deve persistir, com os novos créditos hipotecários caindo 2% em comparação com o ano passado, refletindo a queda registrada no trimestre anterior. Essa tendência provavelmente continuará, devido à redução significativa da atividade de refinanciamento em comparação com o ano passado
Nova Zelândia: A demanda hipotecária caiu no T2, recuando em relação aos níveis mais altos registrados no final do ano passado e início deste ano, em grande parte, refletindo as tendências registradas nos preços domésticos. A demanda por empréstimos pessoais também se debilitou no T2, dado que mais indivíduos acreditarem que é um momento ruim para comprar eletrodomésticos, com queda maior principalmente entre os mais jovens
Índia: A demanda hipotecária continuou a aumentar, com crescimento de 8% em comparação com o ano passado. Os empréstimos sem garantia, que tiveram forte crescimento, sofreram desaceleração após o aperto monetário pelo banco central em 10%
Utilização de cartão
Estados Unidos: A utilização dos cartões de crédito está em cerca de 21%, aumento de 50 pontos-base em relação ao ano passado. Esse crescimento é impulsionado pela elevação dos limites de crédito, que subiram 8% em relação ao ano anterior, assim como os saldos, que também aumentaram 8%
Canadá: O grande crescimento em novas emissões, juntamente com o aumento do limite de crédito em novos cartões, mantém a utilização do cartão de crédito estável
Argentina: Queda de 7% na utilização de cartão de crédito, devido ao aumento no limite dos cartões de crédito, enquanto os gastos se mantiveram constantes
Equador: A utilização do cartão de crédito permanece estável, devido ao aumento dos limites de crédito no setor de endividamento excessivo. A dívida total de cartão de crédito aumentou 2,2% no T2 de 2024, atribuível à estagnação persistente na recuperação do mercado de trabalho
Inadimplência
Estados Unidos: A inadimplência nos cartões de crédito está se aproximando dos níveis pré-pandemia, após um aumento em 2023. As taxas de inadimplência severa (atrasos superiores a 60 dias, excluindo baixas) estão em 1,8%. Os contratos mais recentes ainda estão exibindo taxas de inadimplência mais altas em comparação com aqueles originados durante a pandemia
Canadá: O saldo médio dos cartões de crédito por consumidor continuou a crescer, apesar da desaceleração nos gastos. Esse aumento foi atribuído principalmente à redução nas taxas de pagamento com cartão, sendo que a maior redução foi observada nos consumidores com menos de 35 anos de idade
Brasil: A taxa de inadimplência de cartões de crédito permaneceu estável no primeiro semestre de 2024, após alguns trimestres de aumentol
Índia: A inadimplência dos cartões de crédito subiu 17 pontos-base ano a ano; o estresse dos cartões de crédito está aumentando na economia indiana
América do Norte
Estados Unidos: A inadimplência não hipotecária continua caindo na maioria dos produtos de empréstimo, indicando que o aumento na inadimplência desde meados de 2022 está desacelerando. A inadimplência hipotecária ainda é menor do que nos níveis pré-pandemia. A inadimplência subprime permanece elevada
Canadá: Um em cada 23 consumidores deixou de pagar pelo menos um produto de crédito no segundo trimestre de 2024, em comparação com um em cada 25 consumidores há um ano. Em geral, a taxa de inadimplência não hipotecária ficou em 1,4%, superando os níveis máximos de 2020, sendo a mais alta taxa desde 2011, aumentando 23,4% em comparação com o T2 de 2023
América do Sul
Argentina: A inadimplência permaneceu estável no primeiro semestre de 2024, uma vez que o ambiente econômico está afetando a capacidade de pagamento
Equador: A taxa de inadimplência de empréstimos pessoais continuou a aumentar, devido à deterioração da capacidade de pagamento das famílias
Brasil: A taxa de inadimplência para financiamento de automóveis e empréstimos pessoais aumentou um pouco, cerca de 3%, em comparação com o 1T de 2024
Europa
Reino Unido: Após um período prolongado de crescimento, como resultado das pressões das taxas de juros, as taxas de inadimplência hipotecária se estabilizaram a partir da virada do ano. Essa pausa bem-vinda na tendência de alta sugere que os consumidores estejam se ajustando aos custos mais altos dos empréstimos. Foi observada uma estabilidade semelhante nas tendências de inadimplência em vários tipos de contas
Oceania e Ásia
Austrália: A inadimplência ainda está aumentando, mas de forma gradual. O lento aumento na inadimplência hipotecária reflete a resiliência demonstrada pelos consumidores australianos nos últimos dois anos. Se o desemprego aumentar ainda mais, espera-se que a inadimplência hipotecária acelere nos próximos meses
Nova Zelândia: A inadimplência aumentou no longo prazo, em virtude do ambiente econômico; contudo, os níveis do T2 de 2024 para todos os produtos ficaram estáveis (ou até mesmo recuaram) em comparação com o T1 de 2024. A maioria dos mutuários de hipotecas consegue suportar as pressões, sendo que os níveis de inadimplência de 90 dias estão bem abaixo da crise de 2008 e a deterioração dos últimos anos está partindo de níveis historicamente baixos (2016-2020)
Índia: A inadimplência hipotecária registrou uma queda de 13 pontos-base ano a ano. Os empréstimos não hipotecários registraram aumento de 5 a 10 pontos-base nos produtos, devido à maior dinâmica da oferta e de demanda no segmento de empréstimos de pequeno valor
Inadimplência: A taxa de inadimplência refere-se à porcentagem de empréstimos com 90 ou mais dias de atraso.